domingo, 17 de junho de 2012

                                Mirinzal dos meus sonhos


    Como minha querida Professora de Ed. Física Hellen Kallyne costuma referir-se a uma comunidade assim me refiro a este lugar: Mirinzal dos meus sonhos, assim inicio meu texto.
   Esta pequena cidade de apenas 50 anos é berço de muitas e belas histórias, vou começar falando da época de emancipação.
 A denominação Mirinzal decorreu da grande quantidade de Mirins que existiam na região do Rio Tungo. Na antiga localidade onde hoje ergue-se a cidade, havia uma povoação chamada Beirada ladeando a margem esquerda do Rio Uru. 
 Os primeiros habitantes eram índios da tribo Tupi- Guarani e o primeiro habitante branco foi Camilo Costa.
 De um lugarejo da cidade de Guimarães passou a ser vila e depois povoado foi então que finalmente no dia 30 de Janeiro de 1962 em uma cerimônia solene se deu a instalação do município a sua emancipação. Mirinzal possui uma grande variação de povos: negros, brancos e índios. Aos poucos devido a miscigenação foi surgindo a cultura e dentre ela uma das principais manifestações: o Bumba-boi que era a dança mais popular e divertida dos mirinzalenses.
 Ainda hoje um dos principais eventos religiosos é a festa do padroeiro Divino Espirito Santo que lembra a descida sobre os apóstolos, esta festa atrai muitos turistas para a cidade.
O tambor de Mina festa de influência negra era realizado na porta das casas, o artesanato era  confeccionado em madeira, barro, palha e linha.
 A população mirinzalense exerce a prática religiosa através das igrejas católica, assembléia de Deus, Batista, Messiânica e Testemunhas de Jeová.
 Uma das primeiras escolas foi Adertilia Lemos Costa, o município possui atividades industriais voltadas para a fabricação de tijolos, telhas sendo de industrias mecânizadas, já na industria extrativista vegetal merece destaque o babaçu que se constitui como uma riqueza valiosa.
 Em nosso município há somente um hospital chamado Unidade Mista Nossa Senhora da Vitória construído na administração de Rubem Amorim em 16 de Dezembro de 1980.
 Possuíamos alguns pontos turísticos como o Rio Eduviges, rio da Bomba, Perseverança com suas águas antes cristalinas, o Casarão na comunidade Frechal e o bar aconchego que hoje existe apenas na memória dos antigos moradores.
 Os primeiros governantes desta cidade foram: José Ribamar Diniz, Severo Capistrano Ferreira, Domingos Gonçalves da Costa, Rubem Amorim e assim sucessivamente os outros.
 Mesmo depois desses anos Mirinzal continua bela, mesmo com seus problemas até porque existem em todo lugar, tenho orgulho de minha origem, das belas histórias que minha querida avó me contava quando eu era menor, dos lugares bonitos que eu frequentava e até mesmo de toda dificuldade que minha família e eu enfrentamos, hoje estou aqui escrevendo este texto que transmite tudo que eu sinto e a felicidade que eu tenho de ser mirinzalense, maranhense e brasileira, a felicidade de ter conhecido pessoas que serviram de exemplo para mim, de meus professores, meus amiguinhos do primário e das brincadeiras nos final de tarde.
 Minha amada Mirinzal esta jovem que hoje fala com tanto prazer promete honrar teu nome contribuindo da forma  que me for possível para que nas gerações futuras tu não sejas lembrada apenas como uma cidade bela no passado, destruída no presente como está agora mas sim uma cidade que foi, é, e sempre será motivo de sorrisos verdadeiros, lágrimas ao lembrar dos belos momentos da infância e da alegria de viver em um cantinho do paraíso que Deus nos deixou.
 Óh Mirinzal de gerações tão nobres
O quanto és bela ditosa e modesta
Enquanto as plagas de fulgor te cobre 
A tua glória vive a compor festa.
   Sou Irla Marques tenho 15 amos e criei este blog para mostrar que a juventude tem vez e voz nesta cidade e que jamais me deixarei abater diante das dificuldades e desrespeito com minha Mirinzal dos meus sonhos.
                                                                                                  Mirinzal 17 de Junho de 2012
                                                                                                                   Por: Irla Marques

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